domingo, 9 de novembro de 2008

Universiotários!!!!!!!!!!

Capítulo IV
Bem, caro leitor, após longo e tenebroso inverno, eis-me aqui.
Pois bem, nossos amigos seguiram aquela 2ª feira na mais perfeita ordem. Ionah assistiu a 1ª aula de Prática III; já no 1º dia a professora divide a turma em grupo e ela, toda desesperada, entra num grupo de pessoal de Literatura, só que nossa amiga é de Inglês e acha o povo de Literatura um porre, mas, ou faz o trabalho com eles, ou tira zero, fica reprovada e a galera ainda lhe dá uma coça.
No corredor, por volta das 17:50, encontra Roberto e diz:
- Ai, Beto, tô desesperada com essa prática III!!! – Ele, todo solícito, diz:
- Se quiser eu te ajudo, fiz um trabalho muito bom na área de Português; você sabe, prefiro Inglês, mas na prática me dei bem. Você quer ver o trabalho?
-Lógico!!!!Me botaram num grupo de debilóides de Literatura!!!
- Não fale assim, é um pessoal gente boa. Mas....deixa pra lá.
Quando Ionah olha pra cantina, vem o Toni, todo sorridente com a loira de Matemática que ele mastigava de vez em quando.
Ionah ficou vermelha de ódio! A faculdade era igual a cidade do interior, todo mundo sabia de tudo. A galera já estava sabendo que o Toni “caía naquelas carnes”........ui, que cafajeste!!!!!!
Quando a Ionah viu a cena de longe, quase morreu. Beto segurou a onda, disse pra ela se acalmar, manter a pose, não descer do salto.
Essa era a oportunidade que ele queria para se aproximar dela.

Bem, do outro lado da faculdade, Renata faz as primeiras aulas de Latim, “Magistrae educat....” (saudade desse tempo........)
Sai de sala e encontra Adriana toda feliz, pois recebeu carta do pai dizendo que em dezembro estarão na faculdade para a formatura.
- Ai, Rê, o pai escreveu! Vem todo mundo pra nossa festa!!!!!!!!!!!!!!!!!
- Que bom!!!!! Haja espaço pra tanto gaúcho.......hahahahahahah!!!
- Gostou de Latim?
- Adorei, mas quero ver se consigo terminar o I e entrar no II, se não, amiga, formatura só no meio de 98.
- Claro que tu vais conseguir, guria!!!! Fé força, perseverança e como você mesma diz, ‘mentalize uma luz azul.’ Bem, vou pra Portuguesa IV, Fernando Garcez, uiiiiiiiiiii.....soco na boca do estômago, mas fazer o quê, né. Beijo.
- Tenha fé, amiga, tenha fé. Vou pra Prática II agora. Será que o Richard vai olhar pra mim?
- Agora sou eu quem diz: tenha fé!!!!!!!!!!!!!
Pois bem, no segundo andar da faculdade, Renata ainda procurava a sala de aula quando o patetão vem em sua direção e diz:
- A aula será na sala de vídeo, a Maria Lucia trouxe “Rio das Flores” pra começar as aulas.
- Legal, também vou pra lá, mas tô meio enrolada com tanto material na mão. Moro longe daqui e pego dois ônibus pra ir pra casa.
- Poxa, eu também, você mora onde?
- Bom Retiro.
- Nossa, perto de mim, eu moro em Campo Lindo.
- Legal, depois da aula você ainda tem outras?
- Não, vou embora. Se você quiser, pode ir com a gente, sempre desce o maior galerão no ônibus das oito e meia.
- Tá legal, vamos juntos.
Será que nossa amiga vai-se dar bem com o patetão? Pois bem, mas vamos ver nossos outros amigos.
Na sala de Inglês VIII, Toni e Beto discutem feio por causa da Ionah.
- Pô, ela também não tem nada que ficar de ronda em cima de mim, sou solteiro, saio com quem quiser!
- Então não a iludisse com promessas e juras de amor. Ela está um caco, foi embora pra casa sem nem lembrar que veio de carro, se eu não estivesse com ela, deixaria o carro e iria de ônibus.
Adrianinha, sem ser chamada, se mete na conversa.
- Guri, ela merece uns esbregues de vez em quando! Vive se achando.
- Mas ela devia desistir do Toni, não vão dar certo nunca.
-Já sei, ela vai dar certo com você, né? “Por que você não olha pra mim, ô,ô, me diz o que é que eu tenho de mal, ô,ô!!!!!”
-Gente, deixa essa garota pra lá. A Guineverd chegou. ‘Good evening class!!!’
E nossos amigos seguiram seu curso naquela longa segunda-feira.
Será que tudo vai ficar como está ou alguma coisa muda nesse emaranhado de emoções? Aguarde, querido leitor, aguarde.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

YES WE CAN!!!

YES, WE CAN!
Barack Hussein Obama II não é apenas o novo presidente dos Estados Unidos, é o imperador do mundo. Juro, deu vontade de ir a NY e pular na Times Square. Negro ou não negro, intelectualizado ou analfabeto, imigrante ou nativo, muçulmano ou judeu, o mundo está à espera de uma mudança, há esperança no olhar das pessoas, os olhos com lágrimas, sorrisos, mas principalmente, esperança.
No final de semana, dia 02 de novembro, por 500 metros, Louis Hamilton, também fez história: o primeiro piloto de fórmula 1 negro, jovem e campeão; uma corrida sem precedentes; embora seja brasileira, torci por seu histórico, pois acima de qualquer coisa, somos seres humanos, e eu, como uma mulher de batalha, não poderia deixar de torcer por alguém de origem semelhante a minha.
Bem, em ambos os casos, torceu-se por homens, que até então, nós, tupiniquins, não tínhamos vínculo.
Bom saber de Obama, bom saber do amor por sua mulher, alguém independente que se formou em Harvard e acreditou nos ideais de um povo, nos ideais de igualdade, advogada de famílias pobres e, em sua maioria, negras.
O casal nos mostrou que nada é impossível a aquele que crê.
Tivemos uma semana de desafios vencidos, de barreiras transpostas, de vitórias e, além disso, de crença em que:
SIM, NÓS PODEMOS!

sábado, 1 de novembro de 2008

À Maria do Rosário

Dei uma pausa na novelinha., pois acabei de escrever o que meu coração pedia.
À Maria do Rosário

Engraçado, desde quando tive a oportunidade de vaga no CE Jorge Zarur, praticamente dentro de casa e fora de favela, convidaram-me para ministrar aulas de inglês, já que Língua Portuguesa tinha quadro completo; pois bem, nunca me senti realmente professora daquelas pessoas.
Ontem, num desses momentos alucinantes de aulas pra gente que não está nem aí, D. Mª, aluna da 3007, nordestina valente e "arretada",vira-se pra mim e diz:
“- Num sabe profª....meu telefone tava tudo em inglês, parou de receber chamada, eu apanhei meus cadernos, vi sua matéria, (Phrasal Verbs) cutuquei, liguei pra minha amiga, pedi pra ela ligar pra mim e quando o telefone tocou, voltou a funcionar. Foi a senhora que consertou meu telefone.”
Pois bem, o legal da história não foi as risadas ou se aquilo foi inventado, mas pelo menos, por ilusão ou realmente fato ocorrido, só sei que me deu uma felicidade de saber que não perdi 100% do meu tempo trabalhando uma língua à qual eles têm aversão, pois cansei de ouvir: “Eu não sei falar nem português....quanto mais inglês!” Por mais que você não ligue, esta não é sua matéria chave, você fica ressentido com a falta de função na vida das pessoas.
De qualquer forma, descobri, ou melhor, ratifiquei como amo a tal sala de aula, não saberia viver de outra forma, não saberia nem poderia viver sem essas misturas de sensações estranhas, difusas, ilógicas e lógicas simultaneamente.
Obrigada, Maria do Rosário, pois, com toda a sua impetuosidade, fez-me ficar ‘felizinha’ por alguns minutos num emaranhado de coisas estranhas e fora da minha realidade.