domingo, 28 de novembro de 2010

Vida que segue!!!!!

O Rio de Janeiro, cidade amada e idolatrada, lugar de onde jamais sairei, está em guerra.  Complexo perceber tanta violência e dor, tanta tristeza.                                 Ontem assisti pela tv a duas menininhas de seus 5 ou, no máximo, 7 anos, chorarem de pavor, anjos que nada têm a ver com traficantes, polícia ou toda essa violência que por conivência de muitos se instaurou na cidade perifrasicamente chamda de "Maravilhosa". Olha que sou dura, mas chorei e rezei por elas, emanar preces, mesmo que você não conheça o outro ajuda a diminuir a dor e o sofrimento.   

Só sei que hoje a força de PAZ começou a tomar o morro do Alemão, como gostaria de ver e ter a cidade em segurança, como gostaria de ter confiança em sair de casa, de confiar no ser humano, de ver as pessoas valerem pelo que são e não pelo que tem. 

Todos esses fatos oorrem porque o ser humano quer cada vez mais ter, ter, ter. Ser é difícil, fazer ser, mais ainda.

Mas voltando à violência, que esta seja exterminada, que o mal desapareça daqui, que, quem pode, faça pelos inocentes, que necessitam de um caminho para trilhar e parar de engrossar as fileiras do mal.

Reze, ore, entoe um mantra, cante um cântico espírita, vibre positivamente para o Rio de Janeiro.

Dói muito, não é?

VAI UM TECO AÊ MALUCO???

TRAFICANTE - Fala aê merrrmão...
FILHO - Me arruma um pó de cinqüenta...
TRAFICANTE - Segura aê...
FILHO - Valeu...
TRAFICANTE - O pó tá acabano... mas amanhã a gente vai invadir o morro ali 
do lado... Vamú tomá as boca eficá cus
bagulho...
FILHO - Já é... Demorô... invade mermo... domina geral... Se entrar na 
frente mete bala de 'AK'...
TRAFICANTE - Valeu, 'preibóy'... É nois...

No outro dia...

MÃE - Bom dia meu filho... que cara é essa...??
FILHO - Nada...
MÃE - Você está bem?
FILHO - Tô bem, pô!! Que saco... me deixa em paz...merda.

A essa altura, o filho ainda drogado se tranca no quarto. A mãe preocupada 
bate à porta...

MÃE - Meu filho... estou indo pro trabalho... deixei seu café pronto. Um 
beijo, fique com Deus.
FILHO - Não enche... vai logo...

A mãe pega o carro e se dirige ao trabalho, quando de repente em uma rua 
qualquer...

TRAFICANTE - Paraê Tia.... perdeu... perdeu...
TRAFICANTE - Sai... Sai... Sai...(em desespero a pobre mulher tenta
fugir e arranca com o carro - uma rajada de tiros acontece...)

Em casa o telefone toca...

FILHO - Alô!
POLICIAL - Quem fala?
FILHO - Quer fala com quem?
POLICIAL - Aqui é o Tenente Alberto, eu poderia falar com algum parente da 
Sra Rita?
FILHO - Po...polícia?? (o filho desliga o telefone sem ouvir o policial)

Minutos depois ele sai de casa pra comprar mais pó.

Logo a frente tem uma visão terrível...

FILHO - Mãeeeeeeeeeeee !!! Não!!!Não!!!
FILHO - Como isso pode acontecer???
POLICIAL - Sinto muito, traficantes tentaram roubar o carro de sua mãe
pra invadir um morro... eles a mataram...
FILHO - Mãee! Nãão....

ANTES DE 'CURTIR' UMA ONDA NOVA,
ANTES DE DAR UM TEQUINHO INOCENTE,
ANTES DE FUMAR UM BAGULINHO NATURAL,
ANTES DE DAR DINHEIRO AO TRÁFICO
PARA QUE ELES COMPREM UM ARSENAL E
MATEM ALGUÉM QUE VOCÊ REALMENTE GOSTA,

PARE E FAÇA ALGO QUE VOCÊ NÃO FAZ HÁ MUITO TEMPO... PENSE!!!

ISSO TUDO QUE ESTÁ ACONTECENDO É CULPA DE QUEM USA DROGAS E ENCHE O
BOLSO DESSES TRAFICANTES DE DINHEIRO.

VAMOS PASSAR PRA FRENTE ESSE PROTESTO!!!

Quem compra drogas patrocina a violência!

A divulgação é de acordo com a consciência de cada um..

domingo, 31 de outubro de 2010

Vale a pena ler de novo - UNIVERSIOTÁRIOS

Domingo, 26 de outubro de 2008
Universiotários!!!!!!!!!! 
Capítulo I
Essa é uma história fervilhando em minha mente desde 1997. Estava esquecida em uma agenda de mais de 10 anos e agora, com o glorioso blog, resolvi digitá-la.

Roberto, Antonio, Renata, Ionah e Adriana são cinco amigos que se conheceram no curso de formação de professores de uma universidade no interior de Pra lá de depois, cidade ficcional onde todos se tornam professores.
Roberto tem uma paixão recolhida por Ionah, que por sua vez é apaixonada por Antonio.
Renata é a mais tranqüila do grupo, sempre aconselha os amigos com palavras de conforto e reflexão.
Adriana é a divertida, liga o "foda-se" e vai à luta. Filha de camponeses do interior do Rio Grande do Sul sabe que tem de se dar super bem em Pra lá de depois; sua oportunidade de voltar à terra natal e resgatar o passado de sua família estão na sua capacidade de encontrar o caminho certo.
Ionah é a 'riquinha' do grupo, 'filhinha de papai', sempre teve tudo do bom e do melhor, dizem que ela é gente boa, mas.....
Antonio tem reputação meio duvidosa; sua família o mandou pra Pra lá de depois só com a roupa do corpo depois de ele engravidar uma donzela de 32 anos, filha de um coronel do interior de Brocoió do Norte. As coisas iam bem, até o pai da 'menina' chegar com seus jagunços, invadir a casa da família de Antonio e tomar-lhes a fazendola.
O coroné gritava:
- Quero o couro daquele filho duma égua na minha mão, vão sangrá-lo pelos bagos até esticar, depois jogo pros 'porco'!!!Ele nunca mais vai se meter a besta com filha donzela de ninguém!!!!!
Bem, Roberto é o mais centrado, veio transferido de Dois olhos onde era funcionário da prefeitura. Como o lugar só tinha uma entrada e uma saída, viu que aquilo não era lugar de quem adorava ópera, Sheakespeare, flauta doce e oboé, sim, Roberto tocava oboé!!!!!Você conhece um? Eu vi uma vez num concerto da Filarmônica em Saõ Paulo. Pois bem, Roberto tocava oboé.
Caro leitor,você conhece alguém que toque oboé????????????
Welllll, onde está o Manuel!!??Brincadeirinha! Após apresentar as personagens principais, veja cenas do próximo capítulo......
Será que Roberto será correspondido? Antonio dará mole pra Ionah, a "fresquinha"?
Adriana precisará dos conselhos de Renata? Aguarde leitor amigo, aguarde. 

Capítulo II
No capítulo anterior, todos tiveram suas vidas devassadas; com o passar do tempo você, leitor amigo, saberá detalhes sórdidos...kkkkk de cada um.
Pois bem, 2ª feira, dia de 'branco', todo mundo feliz com o início de mais um semestre, cada um escolheu suas matérias no RID, aguardam o resultado dos pedidos loucos de vontade de ver o semestre pelas costas.
Numa dessas idas e vindas Ionah encontra Adriana e cheia de babaquice pergunta:
- Cara, você viu a galerinha de Prática de ensino? Acho isso um porre, mas tenho que acabar essa droga logo!!
Adriana olha Ionah de cima embaixo e responde:
- Guria, tu tem tudo pra se dar bem, teus pais te dão todo conforto, tu não trabalha, não se inscreve nem pra Iniciação à docência, não precisa da bolsa auxílio, que, diga-se de passagem, é uma miséria, mas melhor que nada e ainda vem cheia de frescura! É a tua formação, perua, se liga!
- Ah, quer saber, tô nem aí pra minha formação! Ser professora nesse país de merda, ninguém te valoriza, tô aqui porque quero um diploma pra esfregar na cara do meu pai que sempre disse que se eu não estudasse iria casar com algum filho de amigo rico dele. Ele pensa que me manda com o dinheiro dele, com o carro dele, com as jóias dele, com esse maldito aparelho que ele pagou, qualquer dia faço igual ao Toni Ramos naquela novela, saio de casa sem roupa e mando ele pro inferno!!!!!!!!!!!!
- Tu é doida guria???????Eu vim do sul, fazer meu curso em Pra lá de depois porque aqui é referência nacional, tu não sabes o sacrifício que o pai e a mãe fazem pra eu estar aqui....
Chega Renata, toda zen, sem nem saber do que se trata e já fala:
-Galera, que stress é esse?????????? Mentaliza uma luz azul!!!!!!!!!!Hahahahahahaa
O dia está bem legal, vou assistir à aula de Latim, depois nos encontramos.
- Latim????? -Pergunta Ionah – Fiz esse trócio no 1º período, é muito chato.
- Querida, sem Latim não poderei dar aulas de sintaxe que amo tanto, aliás, alôoooo, o que você faz em uma faculdade de Letras??
Ionah sai de perto das amigas com cara de ah...é
- Re, deixa ela pra lá, é PMD.
Ainda não vi os meninos....
- Eles vinham juntos de casa, ficaram de preencher o RID e assistirem às aulas.
(Não sei se contei, mas os meninos dividiam um ap.)
- Tri legal!!!Tô sentindo falta dos guris!!!!
- O Toni tá meio enrolado com a Ionah e nem percebeu que o Beto sofre feito boi de canga de ciúme.
-Pô, também com tanta guria dando mole pra ele, se interessar por essa...”vagaranha”, é demais, né?
-Também acho, mas, “o coração tem razões que a própria razão desconhece”.
Bem, vou pro Palácio de Cristal. Beijo.

Capítulo III
Mas o que seria o Palácio de Cristal? A casa da She-ra, irmã do He-man? Não, caro leitor, era o espaço da biblioteca, prédio de arquitetura invejável para aqueles confins de giramontes. Quando nossos amigos chegaram à faculdade, era apenas a área da biblioteca, agora, por falta de salas, transformou-se num latifúndio subdividido por divisórias pavorosas, parece mais uma favela ou as cabeças de porco de Lima Barreto, mas tudo bem, vamos ao capítulo de hoje.

No Palácio, Renata encontra uns e outros e olha pro carinha mais fofo da faculdade segundo seus conceitos. Um mané de História que a atraiu pela camisa verde escura, vê se pode alguém se apaixonar por camisa? O cara era meio patetão, mas parecia gente boa. Renata, como já conhecia alguns dos colegas do patetão, fez um ‘approach’.
- E aí, galera, tudo na paz?
- Tudo, e você? - respondeu Paulo.
- Tranqüilidade. Me inscrevi em Prática II e III, (1º e 2º graus) será que dou conta?
O patetão, todo desligado responde:
- Claro, eu também vou fazer, me inscrevi com a Maria Lucia.
- Legal, muito prazer, meu nome é Renata, sou de Letras e serei sua colega, se o RID for aceito, lógico, espero que sim, tô doida pra terminar.
- Muito prazer, meu nome é Ricardo, faço História, como a camisa diz e será um prazer ser seu colega.
- Ok,.....(ele dá um beijo nela que quase morre de emoção). Bem, vou até a biblioteca. – Renata sai dali nas nuvens...........Tanto que nem vê os meninos acenarem pra ela.
Pois bem, mas nem só de Renata é o nosso capítulo de hoje.
No estacionamento de faculdade, chegam Roberto e Antonio. Os dois começam a teorizar sobre o fim do curso.
- Beto, quando você sair daqui volta pra Dois Olhos????
- Não, quero me estabelecer aqui em Pra lá de depois, também, já estou com propostas em um cursinho, quero entrar no mestrado e, quem sabe, já cair no doutorado em Literatura Inglesa?????????
- Cara, eu tenho de ficar aqui, se voltar pra Brocoió do Norte, sou um homem morto. Além disso, tem a Ionah que me dá mole.......hahahahaha. O pai é rico, posso dar um “golpe do baú”, depois meto um concurso pro estado e continuo aqui.
- Rapaz, não pense em fazer isso! E os sentimentos dela? Ela é afim de você desde o 2º período, naquelas tais aulas de História da Educação com a Haidèe.
Eu olhava pra ela com tanto carinho e ela nem aí....
- Então, por que se preocupa com ela? É uma cabeça de vento, uma vagaba....
- Chega!!!!!!!!!!!!Pára de falar assim!!!!!!!!!!!!!!!Isso dói em mim!!!!!!!
O Beto era um cara sensível, músico, literato, amava o belo e as artes, mas não era um antílope saltitante, incrível, né?
Os dois saltam do carro e vão em direção a alguns colegas comuns.
Pois bem, já na cantina da faculdade, Adriana conversa com Claudinha sobre a formatura, a felicidade e a bolsa de mestrado que já estava esperando por ela na UFRS.
- Nossa, estou muito feliz, você não tem noção da alegria dos meus pais com a minha volta e o fim do curso, eles vêm pra formatura!!!
- Verdade, você é guerreira! Chegou sem conhecer ninguém, fez ambiente, batalhou grana, se você quiser pode até ficar por aqui, já tem emprego....
- Não, meu sonho é a formatura e a aterrissagem do avião no Rio Grande. Saudade da minha terra, saudade de minha gente, saudade da minha cidade.
....Mas o que estaria aprontando Ionah? Isso você só saberá no próximo capítulo, quando eu tiver tempo de digitar mais........hahahahahahah, coisas de escritora-professora.

Capítulo IV
Bem, caro leitor, após longo e tenebroso inverno, eis-me aqui. 
Pois bem, nossos amigos seguiram aquela 2ª feira na mais perfeita ordem. Ionah assistiu a 1ª aula de Prática III; já no 1º dia a professora divide a turma em grupo e ela, toda desesperada, entra num grupo de pessoal de Literatura, só que nossa amiga é de Inglês e acha o povo de Literatura um porre, mas, ou faz o trabalho com eles, ou tira zero, fica reprovada e a galera ainda lhe dá uma coça.
No corredor, por volta das 17:50, encontra Roberto e diz:
- Ai, Beto, tô desesperada com essa prática III!!! – Ele, todo solícito, diz:
- Se quiser eu te ajudo, fiz um trabalho muito bom na área de Português; você sabe, prefiro Inglês, mas na prática me dei bem. Você quer ver o trabalho?
-Lógico!!!!Me botaram num grupo de debilóides de Literatura!!!
- Não fale assim, é um pessoal gente boa. Mas....deixa pra lá.
Quando Ionah olha pra cantina, vem o Toni, todo sorridente com a loira de Matemática que ele mastigava de vez em quando.
Ionah ficou vermelha de ódio! A faculdade era igual a cidade do interior, todo mundo sabia de tudo. A galera já estava sabendo que o Toni “caía naquelas carnes”........ui, que cafajeste!!!!!!
Quando a Ionah viu a cena de longe, quase morreu. Beto segurou a onda, disse pra ela se acalmar, manter a pose, não descer do salto.
Essa era a oportunidade que ele queria para se aproximar dela.

Bem, do outro lado da faculdade, Renata faz as primeiras aulas de Latim, “Magistrae educat....” (saudade desse tempo........)
Sai de sala e encontra Adriana toda feliz, pois recebeu carta do pai dizendo que em dezembro estarão na faculdade para a formatura.
- Ai, Rê, o pai escreveu! Vem todo mundo pra nossa festa!!!!!!!!!!!!!!!!!
- Que bom!!!!! Haja espaço pra tanto gaúcho.......hahahahahahah!!!
- Gostou de Latim?
- Adorei, mas quero ver se consigo terminar o I e entrar no II, se não, amiga, formatura só no meio de 98.
- Claro que tu vais conseguir, guria!!!! Fé força, perseverança e como você mesma diz, ‘mentalize uma luz azul.’ Bem, vou pra Portuguesa IV, Fernando Garcez, uiiiiiiiiiii.....soco na boca do estômago, mas fazer o quê, né. Beijo.
- Tenha fé, amiga, tenha fé. Vou pra Prática II agora. Será que o Richard vai olhar pra mim?
- Agora sou eu quem diz: tenha fé!!!!!!!!!!!!!
Pois bem, no segundo andar da faculdade, Renata ainda procurava a sala de aula quando o patetão vem em sua direção e diz:
- A aula será na sala de vídeo, a Maria Lucia trouxe “Rio das Flores” pra começar as aulas.
- Legal, também vou pra lá, mas tô meio enrolada com tanto material na mão. Moro longe daqui e pego dois ônibus pra ir pra casa.
- Poxa, eu também, você mora onde?
- Bom Retiro.
- Nossa, perto de mim, eu moro em Campo Lindo.
- Legal, depois da aula você ainda tem outras?
- Não, vou embora. Se você quiser, pode ir com a gente, sempre desce o maior galerão no ônibus das oito e meia.
- Tá legal, vamos juntos.
Será que nossa amiga vai-se dar bem com o patetão? Pois bem, mas vamos ver nossos outros amigos.
Na sala de Inglês VIII, Toni e Beto discutem feio por causa da Ionah.
- Pô, ela também não tem nada que ficar de ronda em cima de mim, sou solteiro, saio com quem quiser!
- Então não a iludisse com promessas e juras de amor. Ela está um caco, foi embora pra casa sem nem lembrar que veio de carro, se eu não estivesse com ela, deixaria o carro e iria de ônibus.
Adrianinha, sem ser chamada, se mete na conversa.
- Guri, ela merece uns esbregues de vez em quando! Vive se achando.
- Mas ela devia desistir do Toni, não vão dar certo nunca.
-Já sei, ela vai dar certo com você, né? “Por que você não olha pra mim, ô,ô, me diz o que é que eu tenho de mal, ô,ô!!!!!”
-Gente, deixa essa garota pra lá. A Guineverd chegou. ‘Good evening class!!!’
E nossos amigos seguiram seu curso naquela longa segunda-feira.
Será que tudo vai ficar como está ou alguma coisa muda nesse emaranhado de emoções? Aguarde querido leitor, aguarde.

Capítulo V
Nossa, gente! Dei uma sumida horrorosa daqui!!!!! Bem, mas ano novo, vida nova. Feliz 2009 a todos.
Naquela noite cada um saiu no seu horário, mas não podemos esquecer da Renatinha e seu amado Ricardo, que ela nem sabia, mas tinha uma namorada estranha e de Biologia, a mulher era complicada, mal-humorada, sem noção, mas envolveu o patetão. Pois bem, a Renata assistiu ao filme ao lado dele, comentou algumas cenas, depois fizeram algumas ponderações em sala e no fim da aula, toda derretida, pergunta: -Você vai pra casa agora? Eu vou ao banheiro, depois nos encontramos no orelhão.
- Claro, vou falar com a Fernanda, minha namorada, e depois nos encontramos no portão.
- Ok, não vai demorar, senão perdemos o ônibus.
Só sei que se passaram 20, 30, 40 minutos e nada do patetão. Beto e Toni passaram por ela, despediram-se, e Toni pergntou:
- Garota, ta esperando o que aí?
- Um novo amigo de Prática II que mora em Campo Lindo, perto de onde eu moro.
Roberto pergunta em seguida:
- Minha linda, você quer carona? Deixo você na rodoviária.
-Não, Beto, vou com o Ricardo.
- Tá bom, você é quem sabe.
No mesmo pique, desce Adrianinha e fala:
- Guria, tu vai chegar amanhã em casa.
- Sei, ta meio tarde, mas marquei.......... Ricardo!!!!!!!!!!!
- Desculpa, mas preciso ir no carro da Nanda. Ela está nervosa, passando mal, vou deixá-la em casa, depois vou descer.
- Ah, ta.........é que eu.........
- Cara, não acredito que isso acaba de me acontecer.
Adriana, meio sem graça, fala:
- É guria, quer ficar lá em casa? Tu avisa a tua mãe.
- Já é tarde, vou aceitar tua hospedagem. Mas tô com vontade de morrer de ódio.
- Calma, entra no meu carro. Vamos conversando, te empresto uma camisola e você dorme depois de um chá de erva cidreira.
As duas seguiram pro ap. da Adrianinha, lá chegando ouviram música até 02:30, conversaram, Renata chorou todas as pitangas, ficou decepcionada com o patetão logo na primeira tentativa. Adriana deu alguns conselhos.
- Guria, você é tão zen, tão centrada, não podia dar esse mole. O cara tem namorada, não te iludiu, aliás, nem percebeu que era importante pra você voltar com ele.
- Também, ele disse que ia comigo, mora 20 minutos depois de mim. Fiquei decepcionada, estou péssima.
- Bem, vamos dormir. Amanhã você tá na escola do município, né?
- Tô. Vou deitar e tentar dormir. Valeu, Ninha, boa noite, ou melhor, bom dia.
- Ok, bom dia.

O que acontecerá com nossos amigos na 3ª feira promissora???? Aguarde o próximo capítulo.
Capítulo VI

No dia seguinte, Renata acordou, bebeu um copo d’água pra salvar o anjo da guarda e saiu sem acordar a Adriana.
Na casa do pai, Ionah toma um nababesco café da manhã, lê jornais, marca manicura, liga pra mãe que mora em São Paulo, reclama da vida, fala do saco que acha a faculdade, mas que vai terminar.
Adriana, por sua vez, descobre que Renata saiu sem tomar café e nem se despediu, deixou um bilhete agradecendo a acolhida e que se falariam na faculdade.
Os meninos acordaram cedo, Toni foi pro estágio, pois começava a trabalhar às 08h e Roberto às 08 ainda dormia e sonhava com Ionah.
Bem, após esse resumão, vamos à história de hoje.
Já por volta das 10:30, Renata, em meio a sua aula, começa a pensar na vacilada do patetão. Destraiu-se tanto que um aluno perguntou-lhe algo por 3 vezes e ela nem se quer balbuciou resposta.
- Professora, como vou diferenciar complemento de adjunto?
- Ah?????????????Desculpe, Luís. Bem, a diferença só se faz necessária perceber quando o termo estiver preposicionado......
- Legal, entendi, professora.
Do outro lado da poça d’água, está Adriana que fez mais um progresso em suas pesquisas de projeto para o mestrado.
- O formato operacional da dialetologia é característico em várias regiões do país.
A fala do doutor em Dialetologia a enchia de prazer e da certeza deu que escolhera o caminho certo.
O dia passou e à tarde todos tornam a se encontrar na faculdade, novas emoções, novos encontros e desencontros.
- Toni, como foi o seu dia? Pergunta Ionah, solícita até demais.
- Repleto de alunos perguntando o sexo dos anjos. Cada pergunta tão imbecil pra um aluno de 3ª série que nem sei como consegui responder.
- Mas por que esse interesse em minha rotina???????????Posso saber??????????
- Nada querido, só pra saber como foi seu dia!!!!
- Opa, Beto, diz aí pra Ionah como foi seu dia.
- Ah????Ionah, do que ele ta falando?
- Nada, Roberto, quer fazer piadinha comigo. Vou pra aula de Português VIII. Depois nos esbarramos, beijo.
Ela dá um beijo de tirar o fôlego em Roberto que mal acredita no que acabou de acontecer.
- Aêêê.......Beto, ganhou pra hoje!!!!!!!!!!!!!
- Pára de graça, Toni, ela só fez isso pra de deixar com ciúme!
- Aproveita rapaz, ela com essa história de ciúme, te dá muito mais crente que eu vou esquentar cabeça. Não quero nada com ela.
- Enquanto eu tô querendo algo mais sério, maior responsabilidade e respeito, ela me usa pra te fazer ciúme.
- Tá bom, sei que você gosta dela, vou dar-lhe um chega pra lá e liberar o caminho, ok?
- Tá certo, mas acho que vai ser difícil fazer com que ela realmente se interesse por mim.
Do outro lado, Renata, nossa criatura zen, chega mais um dia atrasada, enrolada e bem menos arrasada que ontem; de repente, do nada, aparece o patetão. Ricardo vem em sua direção para pedir desculpas.
- Oi, boa tarde, você pode me dar um minuto?
- Ah, oi, fala!
- É que ontem eu me comprometi com você e saí feito doido pra levar a Fernanda. Ela ficou meio mal com o falecimento do Françoi.
- Nossa, mas quem é? Irmão, pai? Morreu de quê?
- Hahahahahah, é o gatinho siamês dela. Parecia um membro da família.
- Nossa, gato??????????Tá certo. A cara da Renata não deixava mentir que sua decepção era grande. Ela pensou consigo mesma:
- Fui largada no meio da escada por causa de um gato. Bem, ta tudo certo, espero que ela esteja melhor.
- Tá sim, já foi até trabalhar....
- Bom. Bem, deixe-me ir pois tenho muita aula pela frente, hoje, até às 22h.
- Eu saio às dez também, você quer ir comigo??
- Acho melhor não, vai que outra tragédia acontece e você tem de socorrer sua namorada. Hoje, eu realmente preciso ir para casa, ontem tive de ficar na Ninha.
- Poxa! Desculpe! Foi péssimo! Poderíamos ter ido na casa da Nanda e depois eu te deixava em Bom Retiro.
- Certo, mas hoje vou sozinha, é melhor. Até mais, Ricardo.
- Até, Renata.
Nossa amiga saiu dali p...dentro da roupa, mas segui em frente porque atrás vem gente.
Encontrou Adriana e Ionah no corredor, deu um alozinho e partiu pra sala de Português VIII.
- E aí, guria, tu tá melhor? Disse Adriana.
- Estou, estou sim. Você vai pra que sala? Vou comer alguma coisa, depois Inglesa VIII.
- Legal, depois conversamos.
- Renata, a Adriana me disse que você dormiu na casa dela. Se precisar, fica lá em casa, assim me faz companhia. Ofereceu Ionah toda amável.
- Jóia, amiga, valeu. Beijinhos, tio Raul está me esperando. Vou levar um livro que trouxe do Liceu Literário.
- Vai com fé, minha filha. Beijinhos.
O dia correu bem, cada um em sua turma, fazendo as aulas de costume, até que de repente ouve-se um estrondo na faculdade de fazer tremer o prédio.
O que terá sido esse estrondo? Quais as conseqüências do barulho? Será que algum de nossos amigos foi atingido?
Aguarde o próximo capítulo, caro leitor.

Capítulo VII
Não queira saber, ilustre leitor, que explosão era aquela. Alguns alunos do colégio estadual ao lado, puseram uma bomba na galeria pluvial, só de “brincadeira” , coisa boba......
Pois bem, a galera que estava assistindo às aulas foi liberada e nossos amigos saíram cedo da faculdade.
Na 4ª feira, mais um dia, mais expectativas, era o dia de todos terem aula de Inglesa VIII, Yohnaa era a professora mais pedreira do último período, fazia você se sentir o resto do resto, o cocô do cavalo do bandido. Pediu um trabalho sobre Hamlet; todos se esfolaram, mas a maior nota foi 5, ilustre leitor. Imagine você, a internet não era difundida, todos se acabaram de tanto chorar, só zeros foram 12; Renata tirou 1; Ionah, toda cheia de si, pois tinha 7 anos de curso de inglês, mais 8 morando na Austrália, tirou zero; Beto e Toni também tiraram 1; a única daquele grupo que tirou 5 foi a Adriana, também, pupila da algoz de Praga..........hahahahahaha. Brincadeira, caro leitor. Depois da aula, começaram a discutir.
Ionah, de cara no chão e enfurecida:
- Essa bruxa de Praga não vai me fazer fazer mais um período, eu furo os pneus dela além de arranhar o carro todo.
- Que é isso! Surtou? Claro que esse foi o primeiro de muitos outros trabalhos, vamos tentar nos reabilitar!
- Renata, só você pra me dizer isso!!!!!Eu vivi anos na Austrália, agora me chega essa surtada e diz que eu não sei nada de Sheakespeare? Tá de graça comigo.
- Se você quiser, eu posso te ajudar, aliás, trouxe meu trabalho de Prática de ensino para você ver. Vamos montar um grupo e tudo vai dar certo, você vai ver.
- Roberto, o que aconteceu foi que nós não entendemos o que ela pediu. Eu tirei 5 de sorte, antes de entregar o trabalho, encontrei a Yohnna e ela avisou que não queria citações e sim, nossas percepções sobre o texto.
- Sorte sua, pois ela nem é “pegável”, aquele dragão tcheco não desce de jeito nenhum.
- Pô, tá de graça comigo, você pegaria aquilo??????
- Claro que não Ionah! Só tô zoando.
- Bem, gente, depois desse balde de água fria, vou pra aula de Português VII.
- Valeu Rê, beijo, depois nos falamos.
- Lerê, lerê,lerererererê....Vai, escrava da monitoria!
- Hahahahaha, Toni, você e a Ionah estão tão espirituosos.......
- Liga não Rê, eles estão com encosto Tcheco. – diz Adriana.
- Gente, eu vou ver a reunião da comissão de formatura. Tô muito ansiosa.
- Legal, depois você diz o que resolveram e quando eu pago. Sai Renata toda atrapalhada.
Pois bem, cada um seguiu seu rumo, os meninos ficaram na cantina jogando conversa fora, Ionah foi para a fila da xerox, Adriana à reunião da comissão de formatura e Renata assistir aula.
Por volta das 21:45, Renata sai da sala de Português VII, três tempos de aula diretos, pediu licença ao professor que já terminava sua exposição de conteúdos, foi ao banheiro, pois hoje tinha de ir para casa. Quando vai descendo do 2º para o 1º andar, encontra o patetão, Ricardo, ele também já havia terminado o dia na faculdade. Resolveu cumprimentá-la, mas quando, do alto da escadaria, ela viu o ônibus para Jaguaruna, quase teve um colapso.
- Não posso perder aquele ônibus!!!!
- Nem eu!!!
Desceram correndo as escadas da faculdade, o motorista parou diante do portão e deu tempo dos dois subirem no coletivo, sempre com poucos passageiros nesse horário.
- Nossa, ontem dormi na casa de uma amiga, pois hoje as aulas eram em colégios daqui, mas minha mãe ficou muito preocupada, não costumo dormir fora de casa.
- Poxa, desculpe, eu te arrumei um transtorno de verdade, né?
- Nada, eu deveria ter seguido meu caminho, mas.......deixa pra lá. Vamos começar de novo?
- Claro, como é mesmo o seu nome?
- Renata, aluna do último período do curso de Letras, Inglês. E você, quem é mesmo?
- Ricardo, aluno do último período de História, é um prazer enorme conhecer você.
- Glad to meet you!!!!
- Hâããããã?????
- Muito prazer em conhecer você. Aliás, onde você mora em Campo Lindo?
- Próximo da estação. E você, mora em Bom Retiro, né?
- Sim, moro margeando a Estrada Argentina.
- O que você faz além daqui? Eu dou aulas num colégio pequeno, mas que parece que vai crescer.
- Poxa, legal! Eu trabalho como consultora de produtos de beleza, ou seja, vendo Avon........hahahahahaha. Me viro pra pagar a condução, livros, comida e gastos na rua. Meus pais não poderiam me bancar o curso inteiro, aí me viro com isso, além da iniciação à docência, bolsa que quebra um galho. Ano que vem vou prestar o concurso do estado e conseguir uma matrícula. Preciso de segurança financeira, para poder dar os próximos passos na vida.
- Que bom. Você é muito batalhadora! Merece toda a minha admiração e respeito. Você tem namorado?
- Agora tô fechada pra balanço! O curso me toma tempo e não posso perdê-lo. Meu sonho está em “Pra lá de depois” , ser professora. Meu último namorado era um cara legal, mas não entendia que eu precisava estudar e cobrava atenção, carinho, dentre ‘otras cositas mas’.....hahahaha.
- Bem, eu namoro a Fernanda faz 2 anos, creio que vamos nos casar.
Renata pensava, que desperdício, esse cara casar com aquela ‘patricinha’.
- Nossa, quantos anos você tem?
- Vinte e dois.
- Muito novo pra casar! Por que você não desenvolve um trabalho mais substancial primeiro?
- É, meus pais também pensam assim. Agora demos um tempo, pois eu não quis fazer a vontade dela. Espero que amanhã ela esteja mais calma.
- Nossa, Praça Deodoro! Vou saltar.
- Calma, garota, eu também vou!
- Então vem. Você vai apanhar ônibus na Rua dos Magistrados?
- Claro.
- Então vamos indo, já são 22:35.
E os dois continuaram falando da vida, dos pais, das aspirações e anseios que qualquer jovem nas idades deles teriam, principalmente os de famílias humildes.
O ônibus para Campo Lindo saiu, os dois embarcaram, ela saltou por volta das 23:20, ele ainda tinha uns 20 minutos para encarar, mas estava leve e feliz com a nova amiga e ela foi caminhando, com todo aquele peso, flutuante para casa. Mais um dia, mais emoções. Como será que ficou a reunião da formatura? Quais serão as próximas emoções?
Aguardem, ilustres leitores.

Capítulo VIII
Na 5ª feira, Renata foi a primeira a chegar à faculdade. Deu um rolé, cumprimentou os meninos da cantina, fez cópias para o projeto de um trabalho que apresentaria dentro em breve e eis que aparece Adriana.
- Pô, Re, como foi ontem com o tal Ricardo? Perguntou Adriana ansiosa.
- Legal, conversamos, nos reapresentamos, fizemos as pazes, por assim dizer.
- Ele tá liberado ou ocupado? Você se apaixonou pela camisa verde.....hahahahaha
- Vai rindo! O carinha namora uma fulana surtada da Biologia, mora com os pais, é mais novo que eu, ou seja, pode vir a ser um excelente amigo, nada mais além disso. Até porque, você sabe, depois do Daniel nunca mais fui a mesma. Acostumei com aquela relação até o dia em que ele quis, sem as devidas precauções, e eu pulei fora.
- Mas você pulou por causa de uma camisinha???? Não acredito nisso.
- Você sabe muito bem que filho não está nos meus planos, além do mais, quem me garante que ele só andava comigo? Já pensou contrair alguma doença séria? Sem chance, amiga, sem chance.
- No fundo, bem lá no fundo, você está certa. Essa neura de filho..... já basta o que a gente vê a Meri passar; o marido a trata como cachorra, pois ela não tem tempo de cuidar dos meninos, da casa e dele. Também depois de um dia de trabalho, vem pra cá, depois Nova Iguaçu, só de maca......hahahahaha.
- Tu ta rindo??????!!!!!!!!!O caso é sinistro!!!!!
- Tá joia. Quanto à reunião de ontem....
- E aí, meninas! Chega Ionah de celular em punho, coisa que ninguém tem ainda, mas que ela faz questão de aparecer com o aparelho.
- E aí, madame? Tudo na paz? Pergunta Renata.
- Estamos falando sobre a comissão de formatura. Corta Adriana.
- Eles marcaram a festa para janeiro de 98, até o dia 25, data a combinar. Vamos pagar 6 de 20 reais, cada formando vai ter direito a 5 convites de luxo e 10 simples, a festa será apenas pra nós, por isso pode chamar quem quiser para assistir à cerimônia de colação.
- Nossa, acho até que ficou barato. A Studio 90 sempre faz as formaturas da Faculdade.
- Gente, não acredito que não vai ter festa pra todos. Perturba Ionah
- Ionah, você é rica, fecha uma boate e dá uma festa pra todo mundo.
- Adriana, você deve estar louca. Meus amigos de Copa, aqui? Jamais.
- Bem, meus pais vêm do Rio Grande para assistirem à cerimônia.
- Minha mãe também vem, aliás, todo o meu clã. Disse Renata toda orgulhosa.
Pois bem, enquanto discutiam amenidades, Roberto e Antonio se aproximavam.
- Alô, galerinha! Tudo na paz? Fala Toni, sempre animado.
- Graças a Good!!!! Estamos falando da formatura. Você vai fazer? Perguntou Ionah.
- Cara, acho que vou, mas tudo depende da peste de Praga.
- Poxa, ela é uma excelente profissional. Especialista em Inglesa. Seja mais ponderado. Interveio Beto.
- Ih, gente, vou pro laboratório de fonética fazer minha hora de monitoria, beijos!!!!Sai Adriana toda serelepe.
- Roberto, você tem aula de Brasileira III junto comigo agora, vamos? Perguntou Ionah.
- Claro. Toni, a minha chave de casa ficou na mesinha, não vá pra casa sem mim, se não fico do lado de fora.
- Valeu ‘brow’. Ilustre Renatinha, para onde tu vais? Eu tenho 3 ‘rounds’ de Portuguesa IV.
- Legal, eu também, vamos lá?
Só sei que a semana estava no final, só faltava a sexta-feira, dia que ninguém pega muita matéria para não ficar preso lá até tarde.
Nossos amigos tiveram um dia tranquilo e sem alterações. Saíram de faculdade, foram para suas casas, só faltava a 6ª feira. Mas com toda essa deferência, o que aconteceria naquela 6ª feira?
Aguarde, leitor amigo, aguarde.

Capítulo IX 
E não é que a 6ª prometeu e cumpriu.....Amigo leitor, você não tem noção do que Antonio aprontou. Bem, deixem nossas personagens falarem por si mesmas.
- Toni, eu não acredito que você fez isso na nossa casa!!!!! Trazer essas garotas pra cá, duas dormiram na minha cama, tiraram meus livros do lugar e eu ainda não consigo achar a chave do carro!!!!!
- Cara, foi uma noite maravilhosa, você disse que iria ficar com a Ionah até tarde, aí eu.......
- Cacete!!!! Você o quê? Fez uma bacanal aqui em casa? Não me respeitou, não respeitou o meu espaço????
- Que que é isso, meu camarada!!!!!!!!!Não aconteceu nada disso não!!!!!
- Porra, cara, essa foi demais!!!!!!!!!! Quero que você vá procurar um lugar agora!!!!!!!!!É inadmissível esse tipo de comportamento.
- Qual foi, Beto?! Tá maluco, cara? Você não pode fazer isso!!!!!!!!!É o último período!!!!!!!
- Pensasse nisso antes de trazer essas vadias pra cá!!!!! Quando eu cheguei à portaria, seu Armando estava puto, quase deu na minha cara por causa do barulho que eu imagino que você fez aqui!!!
- Esse síndico é um babaca!!!!!
- Babaca sou eu!!!!!!Deixei a chave em casa, fiquei ouvindo o choro de uma mulher que nem sabe que eu existo, chego a casa um caco, depois das 2 da manhã e ainda tomo esporro do síndico por causa de canalhice tua!!!!
- Tudo bem, mas isso não justifica eu ter que sair daqui!!!!
- O quê??????????Eu acho que não entendi bem!!!!!!!!!!Tu tá maluco, cara?
- Tá bom, Beto, esfria a cabeça, toma um banho, dorme, depois a gente conversa. Valeu?
- Cara, que parte do ‘vai embora’ você não entendeu????????? Tu tá de sacanagem comigo!!!!!!!!!!
- Beto, eu prometo que isso não vai se repetir!!! É que as meninas de Bio estavam empolgadas, aí.........sabe como é que é, né????????
- Toni, parou! Chega, a Ionah foi péssima pra casa por tua causa, eu fiquei de cara grande diante do síndico, os vizinhos estão enfurecidos.
- Tá certo, Beto, eu vou ver o que dá pra fazer.
- Cara, você tem 48 horas pra sumir desse prédio!!!!!! – disse Roberto pau da vida.
- Porra, vou pra rua dar uma volta. - sai Toni do ap. puto e sem razão.
Mas a verdade é que essa parecia ser uma sexta-feira 13.
O dia iria amanhecer, ambos tinham aulas para dar e receber......Quem disse que o dia antes de amanhecer ainda não teria mais emoções. 
Quando Roberto vai dar um jeito no quarto para tentar dormir, encontra sua caixa de valores aberta:
- Puta que pariuuuuuuuuuuuuu!!!!!!!!!!!O palavrão foi tão sonoro que nem ele, um ‘gentleman’, conseguiu se ouvir.
– Esse filho de uma quenga me roubou!!!!!!!!!Ou será que uma das vadias me roubaram?
O menino estava tão arrasado que nem pensou em concordância verbal, caro leitor.
Pois bem, levaram umas moedas de prata, presente de seu avô, uns US$1000,00 e ainda o anel de esmeralda da mãe.
Naquele momento, só tinha um pensamento: iria à delegacia, cobraria do Toni ou comportar-se-ia como um monge tibetano????????
E você, amigo leitor, o que faria?
Well, ele foi dormir, deixou o problema para o amanhecer. Enquanto isso, perambulando nas ruas desertas de “Pra lá de depois”, ia Toni todo rebelde e achando estar coberto de razão, não tinha noção do acontecido, só sabia que precisava daquele apartamento até o final do período, depois ia embora da li mesmo......
Bem, só sei que como não tinha pra onde ir, voltou pra casa, tomou um banho e foi dormir, isso já passava das 04 horas da manhã.
Então foi assim que a 6ª feira começou, caro leitor, mas no próximo capítulo, prometo, vamos ter mais emoções.

Capítulo X 
Meu bom amigo, eu disse, no capítulo anterior, que nossa história seria repleta de emoções nessa 6ª feira. Vamos lá.
No ap. de Roberto, Toni se levanta por volta das 9h, muda roupa e sai.
Roberto despertou mais tarde e nem sabe se Toni voltou pra casa, apenas viu roupas espalhadas no quarto ao lado.
Pois bem, vida que segue. Beto tomou banho, comeu uma única maçã, triste e solitária na geladeira, trocou de roupa e foi pro curso de Alemão onde trabalharia até à 14h.
Os dois conversariam mais tarde.
Na casa de Ionah, o telefone toca.
- E aí, mulher, na paz?
- Quem é a essa hora da madrugada? - responde Ionah indignada e cheia de sono.
- Renata. Você vai à faculdade hoje, criatura?
- Que horas são?
- Meio-dia e quarenta e cinco.
- Caraca, mané, dormi muito, aí!!!!!!!!!
- Criatura, levanta, lava a cara, temos aula de TCE às 13:20.
- Hoje é a apresentação do trabalho, né? Ai, que dor de cabeça!!!!!!!!!Tomei uma garrafa de vodka com o Beto ontem, ele saiu daqui às duas da matina.
- Gente, vocês são sem noção!!!!!!Eu tô na rua desde às 06h, para de graça!
- Pô, Rê, se vai dar esporro, desliga. Vou levantar, tomar um banho, em 20 minutos tô na faculdade.
- Certo alucinada! Beijo.
- Outro, tchau.
Já na faculdade, Adriana está no laboratório de fonética, testando alguns experimentos, ouvindo fitas, quando entra Beto.
- Ninha, incomodo?
- Claro que não Betinho, você, jamais incomodaria.....hahahahaha! Que mal te aflige?
- Tive uma discussão horrenda com o Toni, mandei ele embora de casa, tive ‘brancos’ enquanto dava aulas de alemão no curso, ainda não almocei, tô na merda geral.
- Hahahahahahah, você é o cara mais centrado que já conheci. Inteligente, gente boa, amigo, um cavalheiro. Qual foi a mancada do Toni dessa vez?
- Imagina que fiquei sem chave, você viu quando falei pra ele não ir pra casa sem mim, porque deixei a chave lá.
- Claro, eu ia pra monitoria e você foi pra aula com a Ionah, lembro.
- Ainda bem que há testemunhas. Pois bem, saí da aula, a Ionah pediu pra levá-la em casa, chegando lá ela ofereceu uma vodka, queria conversar, comemos alguma coisa, ela chorou as mágoas, falamos da vida, filosofia, pais, amigos, só sei que, quando me dei conta, eram duas da manhã. Saí de lá, mas quando chego a casa qual não foi a minha surpresa ao ver o apartamento de cabeça pra baixo? 
O Toni levou umas vadias pra casa, dormiu com uma na cama dele e duas estavam no meu quarto. Reviraram tudo, uma bagunça danada. Ah, fora o síndico que estava na portaria quando cheguei e ainda me deu um esporro a cavalo.
- Cara, que merda!!!!!!! E aí?
- Aí, expulsei todo mundo de casa, tive uma discussão feia com ele, as garotas estavam de carro, cantaram pneu.
- Bem, se sou eu, primeiro que não ia acontecer um troço desse, segundo que pagaria pra geral, você só discutiu com o Toni...
- O pior você não sabe? Alguém abriu minha caixa de valores e me ‘deu um perdido feio’.
- O que é isso!!!!Você falando gíria??????????
- Tô muito puto pra respeitar a Língua Portuguesa.
- E aí? Levaram muita coisa?
- É bom nem lembrar. Dólares, moedas de prata do vovô e um anel de esmeralda da mamãe.
- Caraca, aí, que merda!!!!!!!!
- É......Pô, valeu você me ouvir. Precisava desabafar. Vou pra aula, você vai ficar aí muito tempo?
- Vou sim, meu amor, mas vê se ele resolve esse fuá que te arrumou.
- Vou pra Inglês VIII, alivia a mente, falo em outro idioma, leio coisas que me aprazem..... vai passar.
- Beijo, meu amor, fica calmo, mas resolve, valeu, ‘lord’?
E Roberto saiu do laboratório mais aliviado, adorava a Adriana, a mais bonita, simpática, agradável e amiga do universo!? O que nosso amigo estava sentindo naquele momento? Ah, besteira!!!!Besteira???!!!!!
Bem, Renata e Ionah conseguiram apresentar o trabalho de TCE sobre o cinema, tiveram nota alta, ainda não sabiam quanto, mas a professora demonstrava estar bem impressionada.
- Cara, será que deu pra ir? – pergunta a nossa ‘alucinada’ de plantão.
- Ionah, foi ótimo, os slides estavam de muito boa qualidade, deve ter sido 9 ou 10.
- Deus te ouça! Peguei essa eletiva pra fazer créditos, não pensei que fosse tão difícil.
- Difícil???????? Meu Deus, criatura alucinada, cala a boca!
-Ih, tá bom! Vou tomar uma Coca. Vamos? Hahahaha, não quer não, eis que vem o seu patetão!!!!
- Alucinada, fica quieta.
- Oi, Ricardo!!! Tudo bem com você?
- E Aí, Renata? Na boa! Bom te ver.
- Eu acabei de apresentar um trabalho legal, vou dar uma acalmada na cantina, tomar alguma coisa.
- Opa, tô indo pra lá também, tive 3 tempos de Contemporânea IV, tô no bagaço.
- Então vamos!!!!!!!!!
E os três foram conversando, falando sobre amenidades, mas Renata flutuava do alto de seus saltos, parecia uma pluma de 1,75.
Mas até agora tudo estava bom de mais pra ser verdade.
Por volta das 18h, nosso ‘bad boy’ alucinado dá o ar da graça. Toni chegou à faculdade de óculos escuros para não aparecerem as olheiras, iria assistir à Teoria II e depois ia pra ‘night’. Só não contava que Roberto o esperava para conversarem.

Capítulo XI 
É, leitor, a ‘tempestade’ que iria cair naquela faculdade era tão cinza que nem Renato Russo preveria.
Beto e Toni se encontraram no ‘hall’ e aí começa a discussão.
- Foi você ou aquelas vadias que roubaram minhas coisas? – disse Roberto alucinado.
- O que? Tá maluco, rapaz?
- Maluco e puto! Sumiram dólares, um anel e moedas de prata.
- Caraca, mané, não acredito nisso!!!!!
- Ainda tá me chamando de mentiroso?
- Bem que me avisaram que a tal da Diana era uma vagabunda. Porra, Beto, eu vou resolver isso e desenrolar com as ‘minas’.
- Cara, acho bom você resolver isso agora.
- Tá legal, Beto, vou pra aula.
- Nada disso, você vai procurar suas vadiazinhas e recuperar minhas coisas.
E assim fez Toni, deu uma olhada no andar de Biologia, encontrou uma das garotas com o anel de esmeralda, quase arrancou o dedo dela. A segunda estava em vias de vender as 10 moedas de prata do avô de Roberto, Toni reverteu a situação, disse que iria denunciá-la pra polícia e no final da história ainda recuperou os dólares pois todo mundo admirava e tinha carinho pelo Beto na faculdade.
- Cara, rápido você hein!
- Tá tudo teu aí. Dei uma pressionada e elas me devolveram, além de acharem você gente boa, um gato e ficarem com pena.
- Valeu, quanto a sua saída do meu ap. você agora tem 24 horas.
- Mas.......
-Nem mas, nem meio mas. Você vai escafeder-se da minha casa. É melhor segurar tudo sozinho do que morar com um inimigo.
- Legal, durmo hoje lá e amanhã sumo da tua casa.
Cada um foi pra sua aula. Ainda bem que só tinham aula juntos um dia da semana.
Pois bem, caro leitor, muitas emoções para um dia só.
Mas e nossas amigas, por onde andam?
Adriana seguiu sua rotina de estudo e aulas.
Renata, encantada com o patetão, Ricardo fazia-lhe a corte, (troço antigo isso...) continuava correndo atrás do seu lugar ao sol.
Ionah, pra variar, assistindo às aulas sem a menor empolgação.

Só sei que o semestre voou depois desses acontecimentos, eles continuaram estudando, cada um com suas dificuldades, batalharam notas, enfrentaram a peste de Praga e eis que se aproxima a formatura.
Mas como será esse dia? Quais as surpresas que cada um terá nesse dia tão esperado?
Aguarde, ilustre leitor amigo.

Capítulo XII
Pois bem, os meses se passaram e eis que finalmente chega o dia 29 de agosto de 1998, a formatura, o dia mais feliz da vida de Renata e sua trupe.
- Gente, meu clã está todo aí!!!!!!!!!! – disse Renata emocionada. Uma emoção que não fazia chorar a maior “manteiga derretida” do universo. Ela só sabia olhar as pessoas que lhe teciam um elogio e responder com um sorriso plácido:
- Obrigada, obrigada!!!!
Enquanto tiravam fotos, filmavam tudo, Ionah reclamava do calor atípico daquela época.
- Cara, que forno é esse?!
- Sei lá, só sei que tô muito feliz, guria!!!! – dizia a elétrica Adriana.
- Meu sonho, minha vida, meu destino estão nessa celebração!!!!! Sou a pessoa mais feliz do mundo hoje!!!!!
- Rê, Ninha, Nah, vamos tirar uma foto, juntos!? – pedia Roberto visivelmente ansioso.
- Ih, gente, parece que a diretora vai-se atrasar de verdade.
Mary, uma colega casada, chorava lembrando-se de todas as barreiras que tivera de transpor para hoje estar ali.
- Ai, Rê, meu marido, meus filhos, meus pais, todos aí. Sofri muito pra chegar aqui!
- Eu sei. Mas o importante é que você chegou, está linda, todos veem o seu sucesso, aplaudem e arrependem-se de terem sido tão incompreensivos.
- Toni, vem tirar foto comigo!!!!! – grita Ionah, completamente alucinada, pois embora não quisesse demonstrar, estava tão ansiosa quanto todos os outros.

É ilustre leitor, a cerimônia começou, os alunos foram apresentados um a um, cada rosto, cada expressão, cada gesto marcavam uma alegria jamais vista até então.
Hino Nacional, discurso, paraninfo, mestre de cerimônias, homenagens, todo um sonho de mais de anos, realizado em pouco mais de 2 horas.
Ao final da festa, todos se despediram e seguiram seus caminhos, vejamos.
Adriana voltara no dia seguinte ao Rio Grande do Sul. Renata fora festejar com os amigos, dentre eles estava Ricardo, nosso patetão, já separado de suas duas últimas namoradas. A famíliadela fora em peso para sua casa no Bom Retiro. 
Ionah, voltou pra casa dos pais e ganhou uma viagem para a Europa. Roberto seguiu carreira como professor de idiomas e após prestar a prova para o mestrado, foi aprovado em 1º lugar. Já nosso amigo Toni não teve um destino muito agradável; morando de favor na casa de Ionah, após ser expulso pelo Beto, teve de viver do salário patético de professor do Estado, pagar aluguel, dentre outros gastos. Mesmo assim, conseguiu dar continuidade à carreira, mas voltar pra terra natal, nem pensar.

Pois bem, leitor amigo, essas foram algumas das emoções de jovens UNIVERSIOTÁRIOS, que, naquele tempo, “ralavam” feito cornos, pois, por mais que lhe digam o contrário, ingressar na universidade é fácil, difícil é sair. 

HOMENAGEM AOS FORMANDOS DA TURMA DE LETRAS 1998/1ºSEMESTRE FFP/UERJ



Ler faz bem!!!!!

Querido leitor,

cada dia fica mais difícil de vir aqui, mas hoje me lembrei da novelinha "Universiotários" e não poderia deixar de relê-la e lembrar coisas que foram verídicas, outras ficcionais, acho que, em breve, vou escrever outras histórias da memória. 

Um beijo a todos e felicidades.

domingo, 4 de julho de 2010

O Brasil perdeu..........e daí?

Você não vai deixar de trabalhar, estudar, ser feliz, viver porque o Brasil perdeu pra Holanda, porque o Felipe Mello é um tosco, porque o mundo não para pela seleção, porque você tem contas a pagar, coisas a fazer; a única coisa chata é não ter mais 'ponto facultativo', de resto é triste para quem parou de vender coisas verde-amarelas, para quem vende cerveja e ganha um 'trocadinho' a mais no inverno com coisas pra beber e comer.

A vida é feita de 'perde e ganha', o importante é você ter suas vitórias pessoais e acreditar que, se faz um bom trabalho e é honesto, vencerá   quaisquer 'Holandas', 'Alemanhas', 'Espanhas'....

A copa de 2014 vem aí, tudo será igual a 2010, só o resultado é que espero seja diferente. 

Só gostaria que perdurasse esse patriotismo e união entre os brasileiros só vistos em copa do mundo.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Viva a História!!!!!!

Dia de jogo do Brasil, fico meio nervosa com essas coisas, aí resolvi entrar no Orkut, ver meus alunos online e eis que vejo um garotinho lindo tocando bateria.....um homem inteligente, estudante de História e meu ex-aluno, Luander, um menino homem posto no meu caminho pelo Atividade. Como sempre faço, desejei-lhe tudo de bom no curso superior escolhido, e continuei no notebook, quando reparei havia resposta ao meu recado.  Eu havia desejado felicidades, veja as respostas do Luander:

"hehehehe..
já estou sendo bastante feliz!

Mas valeu mesmo pela torcida ae professora!
Afinal de contas, foi uma das únicas pessoas que confiavam em mim no curso, e também me deu uma palavra de incentivo extraordinário."

Eu disse que ficara emocionada com a resposta acima e agradeci o carinho, ele continuou:

"Mas é verdade.
Uma vez que estava estudando meio sem estímulo, meio que desesperado. A senhora, deve ser lembrar, chegou a mim e disse, que eu seria um grande profissional, e a vitória seria certa, era só aguardar. Aquilo me confortou e me deu mais forças.. 
Gostaria de dizer pra senhora isso, internet fica meio estranho.
Mas é exatamente isso!
Não agradeça o carinho! É o mínimo que tenho a oferecer!"

Engraçado, que isso chegou num dia em que eu estava fazendo uma reflexão sobre o meu trabalho, achando que as coisas não estão 1000% como eu gosto que estejam, mas continuo caminhando e deixo os desgostos de lado. Bem, amigos da Luz Azul, só sei que chorei bastante, agradeci a Deus pela minha vida e um ânimo enorme pairou em meu coração.

Obrigada, Lu, pelo carinho, atenção e por declarar as palavras acima em um momento de tanta angústia.



domingo, 9 de maio de 2010

PUREZA

Vocês, amigos de alguma data sabem da minha aversão aos infantes, mas vi uma cena doce e pueril, inspiradora de escrever. Dois irmãozinhos: o menino de uns 4 anos, a menina de seus 2 anos brincavam na praça, em frente à UPA - Vila Kennedy, lugar onde já aconteceram tantas atrocidades e, por um instante, vi dois 'anjos' brincando. O irmão, pôs sua 'sister' no balanço e, cuidadosamente, movia-a de trás para frente, impunha toda a sua força para dar emoção à irmãzinha. Eu observava tudo atenta; acho que ela enjoou e trocaram para a gangorra; ele, todo cuidadoso, pôs a menina de um lado, pediu para ela se levantar e então se sentou do outro lado; enquanto isso, nos balanços, dois maiores de aproximadamente 6 anos brincavam feizes e despreocupados. Mas o tempo passa e o meu mais ainda, tive de vir embora e deixei o mundo daqueles inocentes para viver o meu mundo de "cobras e lagartos".

Acho que a pureza, tranquilidade e despreocupação encantaram-me durante aqueles cinco eternos minutos mágicos, fizeram-me acreditar em uma solução amável em um mundo repleto de barbaridades e maldades. 

Um beijo a todos.

DIA DAS MÃES

Olá, voltei hoje para falar de coisas percebidas neste domingo de chuva.   Você já notou como os dias têm ficado tristes em festas mundiais? Hoje não poderia ser mais chuvoso. Quantas mães perderam seus fihos em tragédias com chuvas, terremotos, tsunâmis, tempestades, deslizamentos e toda tragédia como a vioência cotidiana das grandes cidades? Percebia isso e refletia com mamãe. Não saímos de casa e ela só confirmava o que via. 

Embora saiba que o destino de todos nós é a morte, semana passada fiquei triste com o apagar da vela de Rosa da Silva Nunes. Um amigo já havia me dito que isso aconteceria, mas sabe quando você tem esperanças? Sabe quando sente que alguém que te ama vai embora? Foi isso, não queria entender e ouvir o ciclo de nós todos. 

Mesmo falando de tantas coisas ruins, é possível retirar de tudo um aprendizado. 

Beijos mil a todas as mães que por aqui passarem e a todos que têm ou tiveram mãe.

domingo, 21 de março de 2010

Domingo, dia de ficar em casa, de escrever no blog, de ir ao cinema, de remontar a semana, de estudar um pouquinho, de ser mais serena, tenham um lindo domingo de muita fé e presença de Deus.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Sexta-feira - Salve São José.

Mais um dia, o de hoje nasce lindo!
Acordei cedo demais, tenho 1001 coisas a fazer, mas uma necessidade louca de escrever. Quantos fatos serão notícia hoje?Quantas pessoas não verão esse sol lindo e esse céu azul? Perceber esse clima agradável, saber que tenho saúde, amigos, sou feliz, luto e venço minhas batalhas, é uma dádiva do Criador. Peço sempre que Deus abençoe a todos que por mim passam. Meus mentores espirituais, olhem por dona Rosa da Silva Nunes, uma boa amiga passando por problemas de saúde.
OBRIGADA, PAI ETERNO, POR FAZER DE MINHA PASSAGEM NESSA TERRA QUE SE PISA UMA BÊNÇÃO.

Formatura na Rural

Meus amores e leitores, após séculos de ausência eis que volto eu, lépida, fagueira e diretora de um 'fuá' que muito me apraz...........hahahahhaa. Pois bem, vim escrever sobre uma das maiores emoções dos últimos tempos: a formatura da Alessandra Lessa em 13 de março.
Sabe aqueles alunos que nunca perdem o contato com o professor? É ela. Um doce de menina, hoje uma mulher, mas sempre mantendo o jeitinho doce e tímido da mocinha que foi minha aluna com 14 anos de idade.
Juro que não tinha noção do quanto eu era importante para ela. Minhas loucuras, meus recados, meus "conselhos" fiacaram na moça e em outubro ou setembro de 2009, recebo o 'scrap': Professora, minha formatura será dia 13 de março de 2010, quero a senhora lá, depois confirmo horário.
Li, fiquei feliz, agradeci e pedi para me avisar quando a data se aproximasse, embora eu tenha anotado nessas agendas eletrônicas, pois fiquei hiper feliz de ter sido convidada com tanta antecedência, fora o Maurício, irmão dela, que era nosso aluno e ratificou o convite, poderia esquecer. Pois bem, chega o dia, passei a semana toda perguntando aos alunos: como chego à Rural???????Nunca passei por lá ou, se passei, não vi, embora o campus sejam um disbunde de lindo, diga-se de passagem, acho até que vou fazer um curso de qualquer coisa lá, pois bem, fiz algumas coisas pela manhã, liguei pra Marcio Augusto, confirmei o trajeto, vesti um de meus melhores e raros vestido, e, por volta de 14h, saí de casa contrariando todo mundo; "Vai chover! Lá é longe, vai fazer o que lá sozinha? " Larguei marido, mãe, tudo e fui. Cheguei lá cedo, por volta de 15:20, ainda peguei a formatura de Química, eis a minha surpresa, Rômulo, meu ex-aluno se formava também, aliás, o que mais vi foram ex-alunos: Cosme, Rômulo, Rabi, Vinícius, minha flor , Jovita (sou fã dessa garota desde o pré-técnico). Então, tirei fotinhas, fui apresentada à uma família inteira e continuei no auditório, diga-se de passagem, lindo(!!!!!!!!!!) esperando a formatura da Alessandra, ilustre alvinegra; fiquei encantada com tudo a minha volta.
Eis que anunciam a turma "Os Normais", uma graça de 'crianças', professores de Matemática.
A cerimônia 'rolou', tudo como de praxe, mas a emoção de entender a história de cada um daqueles 20 e poucos meninos, fez-me chorar.
Só sei que vieram fotos, abraços, beijos, espantos por eu estar ali, aliás desde a formatura do Rômulo, mas muita, muita alegria mesmo.
Sei que essa emoção, um dia irá embora comigo, mas não poderia deixar de documentá-la, a tecnologia perpetuará esse sentimento por toda a eternidade, o melhor sábado da minha vida.
Que Deus abençoe a todos que por aqui passarem e incentivem a cada um para sentirem a emoção de um diploma.
Beijos queridos amigos e leitores.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Ser uma pessoa de carne e osso, ter sentimentos, dores, alegrias, coisas que enaltecem e dignificam o ser humano. Seja feliz.