quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Desabafo de uma grande mestra!!!


A UERJ PEDE SOCORRO!!!!!!!!!!!!!!!!
É, colega!

Pelo que se vê, o que se pode fazer é esclarecer/gritar aos quatro ventos o que motiva essa situação. PRECISAMOS DE CONDIÇÕES DE VIDA E DE TRABALHO! São mais ou menos 10 anos de salários estagnados.

Já fiz muita greve. Já liderei movimentos da categoria. Já recebi até carta de demissão (em seguida revogada) por lutar por melhores condições de trabalho na Universidade Pública. No entanto, hoje, não vejo sentido nas greves. E explico. O magistério não tem significado para esses governos que aí estão. Qualquer outra categoria pára e é ouvida. No entanto, docentes param e são alvo de deboche de muitos e de descaso dos governantes.

Já falei e repito. O Legislativo e o Judiciário percebem salários e outros complementos que nos fazem sentir indigentes. Representantes do Judiciário (Justiça??) dizem que não dá para viver com dignidade, apesar de seus salários ultrapassarem 20 mil reais (e até 30 mil em alguns casos). E não se envergonham de brigar por aumento!

O que dizer de nosso salário então? De fato o Governo não nos permite dignidade, quer-nos indigentes.

Não pedi greve. Não gosto mais de greve. A greve no país se desmoralizou.

Logo, precisamos fazer algo para que o Governo se sensibilize, abra as negociações com respeito à categoria docente e aos discentes - par indispensável na instituição ESCOLA - para que se possa voltar ao trabalho, retomar a normalidade dos serviços, até que se chegue a um acordo que também normalize a possibilidade de vida digna no/do Magistério.

Fiquei sabendo hoje que um docente substituto, no Ceará, já recebe mais que 3mil reais.

Mas eu não quero me mudar para o Ceará!!

Também não acho justo que serviços iguais recebam remuneração diferente, senão respeitando a formação dos profissionais.

Está mais do que na hora do Governo do Estado cumprir promessa de campanha e atualizar nosso salário - O plano de carreira docente está aí! - e dar à UERJ o que é da UERJ: os 6% constitucionalmente estipulados.
Se isso ajuda ou não, não sei. Mas aí vai mais um desabafo de alguém que está no Magistério Estadual desde 1970 e na UERJ desde 1980. São quase 39 anos de serviços incansável e qualificadamente prestados à esfera pública estadual, que merecem respeito!

Alô, Governador! Alô, Imprensa! Alô, Sociedade!

A UERJ PEDE SOCORRO!

Profª. Dra. Darcilia Marindir Pinto Simões
http://www.darciliasimoes.pro.br/

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